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Liberdade e Verdade

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Uma grande parcela dos presidiários, que ficam encarcerados por longos anos, apesar do grande desejo de liberdade, são acometidos de um mal chamado de “ Síndrome do medo da liberdade ”. Trata-se do pavor, às vezes irracional, de sair da “segurança” da cela. Alguns já estão tão acostumados ao convívio social dos amigos presidiários, das convenções, regras e códigos de conduta da prisão a que foram submetidos que a liberdade passa a se tornar uma ameaça ao invés de um prêmio, gerando transtornos emocionais sérios ao se aproximar o dia de sair da prisão. É o medo de não ser aceito, de não encontrar abrigo, de cometer novamente algum tipo de crime, de morrer, etc. O que acontece é que nem sempre a prisão é física. As cadeias podem ser de ordem emocional e até mesmo espiritual. São presos em si mesmos aqueles que tem medo de viver o novo, arriscar-se, experimentar a vida e se fazer percebido não pelos outros, mas por si mesmo, por sua própria vida, vivida em abundante liberdade. P

Solidariedade...

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--> Nosso tempo é marcado por ausência dessa virtude, solidariedade. Podemos falar sobre solidariedade do ponto de vista conceitual (o que não é meu objetivo aqui) ou de uma forma mais ampla, abrangente e atual, que é minha proposta. Identifiquei a palavra dentro da história como sendo provinda do século XX, quando ela foi raiz de um movimento que criou um partido político, e que esse, deu a grande reviravolta na história Polonesa do final do século. O partido se chamava justamente “solidariedade”. Gostei também da definição do Aurélio – “ Solidariedade é sentido moral que vincula o indivíduo à vida, aos interesses e as responsabilidades de um grupo social, de uma nação, ou da própria humanidade ”.Onde vemos esse compromisso no nosso tempo? Aristóteles dizia que todo homem é um ser político, da pólis . Assim, a cidadania seria essa solidariedade, seria isso que une os cidadãos ao destino da comunidade, do grupo, da nação, do mundo. Cidadania não é reivindicação de direit

Big Brother...

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--> “A ignorância é a mãe de todos os males” . François Rabelais (1483-1553) Escritor e Padre Francês) A antropóloga Lilian Schwacz escreveu um ótimo livro chamado “O império das festas e as festas do império”. Nesse livro ela faz uma descrição das procissões e festas que Dom Pedro II e a corte realizavam no Brasil colônia. A descrição que ela faz é interessante, mostrando que essas festas beiravam o ridículo. Ela observou que a partir daí a cultura brasileira é de pão e circo. O Brasil lembra a Roma que tinha seus espetáculos de gladiadores que se matavam na arena para o delírio do povo. Havia também a queima de hereges em praça pública. Hoje a versão pós moderna disso são os chamados “ Reality Shows ”. De início é bom lembrar que o Big Brother, não é uma “tara” brasileira, sintoma do nosso subdesenvolvimento cultural. É sem dúvida, mais uma peça cultural da globalização, além de uma “tara” da natureza humana em geral. É uma idéia originalmente Holandesa, que se es