Liberdade e Verdade
Uma grande parcela dos
presidiários, que ficam encarcerados por longos anos, apesar do grande desejo
de liberdade, são acometidos de um mal chamado de “Síndrome do medo da liberdade”. Trata-se do pavor, às vezes
irracional, de sair da “segurança” da cela. Alguns já estão tão acostumados ao
convívio social dos amigos presidiários, das convenções, regras e códigos de
conduta da prisão a que foram submetidos que a liberdade passa a se tornar uma
ameaça ao invés de um prêmio, gerando transtornos emocionais sérios ao se
aproximar o dia de sair da prisão. É o medo de não ser aceito, de não encontrar
abrigo, de cometer novamente algum tipo de crime, de morrer, etc.
O que acontece é que nem sempre a
prisão é física. As cadeias podem ser de ordem emocional e até mesmo
espiritual. São presos em si mesmos aqueles que tem medo de viver o novo,
arriscar-se, experimentar a vida e se fazer percebido não pelos outros, mas por
si mesmo, por sua própria vida, vivida em abundante liberdade. Projetos são
travados, sonhos são interrompidos, decisões são adiadas porque, na maioria das
vezes, temos medo de tomar decisões para sermos livres.
Algumas pessoas já sofreram
tanto, estão a tanto tempo acorrentadas aos medos das traições do passado, das
mágoas e das feridas que aqueles ao seu redor lhe causaram, que elas acabam
construindo e somatizando muros emocionais e existenciais, prisões e grades
para elas mesmas, para que ninguém de fora consiga penetrar suas masmorras de
defesas e lhe causar mais dor. Tais pessoas colocam seus corações em
verdadeiras gaiolas e não conseguem ter coragem de tirá-lo de lá.
Estas prisões tem nome e são
geralmente conhecidas pela sensação de que não se conseguirá ser plenamente
feliz na liberdade da vida. Algumas pessoas vivem, de fato, presas ao medo de ser
feliz, pois acham que experimentar felicidade é arriscado demais e podem acabar
sofrendo alguma outra frustração. Acabam não se entregando inteiramente aos
relacionamentos e compromissos por medo de abrirem a guarda e serem machucados
e abandonados novamente. Entretanto, foi para a liberdade que Cristo nos
chamou, a começar pela liberdade que vem pela verdade. Sim a verdade liberta!
Mas quem tem medo da verdade não conseguirá ser livre de verdade.
A verdade é o caminho para a liberdade na vida e pela vida. Quem diz a verdade e vive por ela aprende a não temer mais nada. Quem perde o medo das conseqüências da verdade terá a liberdade de olhar nos olhos de qualquer um na existência e ter plena consciência de fazer a escolha correta sempre.
A verdade é o caminho para a liberdade na vida e pela vida. Quem diz a verdade e vive por ela aprende a não temer mais nada. Quem perde o medo das conseqüências da verdade terá a liberdade de olhar nos olhos de qualquer um na existência e ter plena consciência de fazer a escolha correta sempre.
Não há como a vida em liberdade
não ser um risco, somos alvo das coisas boas e das ruins também. Nossa
libertação vem daquele que não conhece cadeia, aqui ou no por vir, que impeça
Seu poder de libertar a quem quiser. Ele é aquele que tem o nome pronunciável
até mesmo pelos mudos, Sua voz pode ser ouvida por surdos e sua glória
percebida por quem não possui olhos neste mundo. Antes que houvesse dia ou
trevas, antes da própria existência, antes das coisas que não eram virem a
existir, Ele é o que sempre foi e sempre será. Seu poder está para além de
tudo, seus dias são incontáveis e inumeráveis. Defini-lo é tolice, segurá-lo
loucura, contê-lo impossível. Dar-lhe um só nome é reduzi-lo.
Comentários