Alguém me conhece...


Sempre me questionei muito sobre quem eu sou.

Também, sempre soube que essa questão é fundamental para encarar a adversidade, lutos, perdas, sofrimento. Será que me conheço? Será que sou o que vejo nas fotografias?
A questão maior não é o que eu penso sobre mim mesmo, mas o que Deus pensa e vê em mim. Não importa o que sei, mas o que Ele sabe. Deus me conhece. Isso é o mais importante. No entanto, mais significativo ainda, é eu saber que Ele sabe quem eu sou.
Sou singular, identificável, pessoal, tenho identidade. Há em mim uma combinação única de fatores genéticos e históricos tão variáveis que não se pode repetir e o único que sabe tudo isso é Deus.
Nem eu mesmo me conheço. Sei que sou alguém, mas não sei quem sou. Isso porque aprendi cedo a usar máscaras. Em casa lugar, em cada relação, em cada situação, em cada contexto, usei máscaras a depender do propósito e ambiente. Aprendi a usar máscaras muito bem. O problema é que se alguém usar máscaras o tempo todo, ela se transforma no rosto.
Daí a confusão enorme em todos nós de saber quem somos. Aparecemos pouco porque usamos demais as máscaras.
É difícil ser verdadeiro porque no fundo, sequer sabemos quem somos. Fomos plasmados pelo ambiente, pais, contexto. Perdemos a noção de quem realmente somos.
Por isso penso que a vida é uma busca pela identidade, a isso chamamos de FELICIDADE. Queremos o tempo todo liberdade para ser aquilo que realmente somos.
No fundo, só Deus pode me dar a responda a pergunta: quem eu sou. Só Ele pode dizer como é que eu me tornei o que sou.  Só Deus pode me dizer por que tenho medos, angústias, temores, patologias, porque as coisas aconteceram na minha história que marcaram minha interioridade e que levaram a ser o que sou.
Eu escondo a história que começou no ventre materno. E, nessa minha história, o que mais determina não são as coisas boas, pelo contrário, são as coisas que eu vivi num quarto escuro e o máximo que eu consigo, é fechar a porta e decidir tentar viver fingindo que aquilo nunca aconteceu. Vivemos fugindo da memória. Revisitar a história traz muita dor. Mas, o que aconteceu lá, determina quem eu sou.
Aí, Deus me dá a opção de viver fugindo do passado escuro, mas se oferece para revisitar conosco nosso quarto. Ele quer pegar na mão e levar-nos lá, abrir a janela, limpar, deixar o sol entrar, buscar pessoas, me arrepender, pedir e oferecer perdão. Deus sabe quem eu sou, o que estou vivendo, sentindo e sabe por que eu me tornei o ser que eu sou hoje.
Somente diante de Deus posso reescrever a minha história. Isso independe do passado porque o tempo todo Ele esteve ao meu lado, como parceiro e meu Pai.  Só posso descobrir quem realmente sou numa relação com Ele que está a minha disposição para me ajudar. Ele quer que eu descubra em liberdade para escrever nele a minha história e o meu caminho.


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