Finitude...
O mundo que habitamos é
finito. O tempo todo lidamos com a perecibilidade. Mas apesar desse claro fato,
o que mais desejamos é a negação dessa finitude porque estamos tão imersos no
mundo que não percebemos que estamos aqui de passagem. Tentamos tornar nossa
existência “suportável” fugindo do que possa significar morte, perda, luto. Se
pensarmos muito na morte, a vida fica inviável. E, Segundo Platão, a vida
existe a partir do que se pode conhecer. Nossa condição humana se dá a partir
do que podemos pensar, racionalizar. O mundo, a existência e a vida são para
nós o que podemos conhecer. Por isso, só pensamos na morte a partir do que
experimentamos da morte dos outros, ai podemos meditar sobre a nossa.
Acredito que essa
compreensão de finitude nos leva a: 1) responsabilização do que seja a vida.
Ela é curta, breve, rápida demais. Devemos amá-la e vive-la ao máximo sabendo
que ela é única; 2) buscarmos uma interpretação correta das coisas, do mundo.
Contemplar a beleza da vida, dos outros, do universo e principalmente amarmos
pessoas e usarmos as coisas e não amarmos as coisas e usarmos as pessoas; 3)
viver cada momento como um chamado a liberdade, alegria, contentamento. Se você
perguntar-me o que é felicidade, eu diria que felicidade é viver sendo quem é,
aceitando-se e sem máscaras; 4) Aprender a morrer não significa ser pessimista,
mas entender a finitude, deixando que esse senso de perecibilidade nos ensine a
viver melhor.
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